Os prémios que têm como objetivo reconhecer a excelência dos filmes produzidos na Europa foram entregues numa cerimónia em Reiquiavique, na Islândia.

“Triângulo da Tristeza”, da Suécia, foi eleito o Melhor Filme Europeu de 2022 nos Prémios do Cinema Europeu. Lançado nos cinemas portugueses em outubro, a comédia de denúncia e da sátira mais feroz sobre as aventuras dos passageiros de um cruzeiro de luxo numa ilha deserta, que já ganhara a Palma de Ouro do Festival de Cannes, fez o pleno nas categorias a que concorria: Filme, Ator (Zlatko Burić), Realização e Argumento, ambos para Ruben Ôstlund.

Para Melhor Filme Europeu estavam ainda nomeados “Close”, de Lukas Dhont (Bélgica) e “Holy Spider”, de Ali Abbasi (Dinamarca), que também tinham quatro nomeações, além de “Alcarràs”, de Carla Simón (Espanha), e “Corsage – Espírito Inquieto”, de Marie Kreutzer (Áustria).

Do grupo, só “Corsage”, que estreou recentemente nos cinemas portugueses, obteve um prémio, o de Melhor Atriz Europeia para Vicky Krieps.

Portugal surge simbolicamente no palmarés graças à coprodução minoritária da Ocidental Filmes no prémio de Melhor Longa-Metragem Europeia de Animação para o francês “Interdito a Cães e Italianos”, de Alain Ughetto, que disse que fazer este filme “sobre família e migração permitiu reconciliar-me com imensas coisas”.

Já a animação nacional “Ice Merchants”, de João Gonzalez, que concorria na categoria de Melhor Curta-Metragem, perdeu para “Granny’s Sexual Life”, da Eslovénia.

A organização da Academia de Cinema Europeu atribuiu ainda um prémio de honra, de inovação em ‘storytelling’, ao realizador italiano Marco Bellocchio pela minissérie “Esterno note”; e um “World Cinema Award” ao ator e cineasta palestiniano Elia Suleiman.

Para a atriz, cineasta e argumentista alemã Margarethe von Trotta houve um prémio pela carreira.

https://www.europeanfilmacademy.org/

Fonte: SAPO Mag

Liliana Teixeira Lopes