No fim de semana, milhares de pessoas juntaram-se a grupos de partidos livres em Palermo e Modena para expressarem a sua preocupação com o projeto de lei proposto.

Equipas de sistemas de som encheram as ruas este sábado para protestar contra o polêmico novo projeto de lei de segurança da Itália, que acreditam que irá prejudicar as liberdades civis fundamentais e os direitos humanos.

Estes protestos foram organizados pela rede de activistas Smash Repression, inicialmente mobilizada em resposta ao decreto “anti-rave” de 2022 que criminalizava as raves ilegais. 

Entre os sistemas de som techno, drum & bass e hardcore estavam os Sound Disorder Crew, Circus Bandits, Collettivo Gardesano Autonomo, e Spazio Sociale Libera. 

A legislação de “Lei de Segurança Anti-Gandhi” tem como alvo a resistência passiva e a migração, ao mesmo tempo que se alinha com o Acordo de Migração Itália-Albânia. 

Um organizador do movimento Spazio Sociale Libera chamou o projeto de lei de “devastador” e comparou-o ao Código Rocco, introduzido em 1930 sob o regime fascista de Mussolini.

Outro membro do Smash Repression, disse que não sabia se seria possível impedir esta lei mas tinham o dever de tentar.

O projeto é composto por 24 leis, com penalizações mais severas para a obstrução de infraestruturas estratégicas. 

Várias organizações de direitos humanos, condenaram o projecto de lei por violar leis internacionais. 

Proposto pelo governo, o projeto de lei foi aprovado pela Câmara dos Deputados italiana em setembro e está em análise no Senado. 

Poderá em breve tornar-se lei, embora enfrente oposição significativa, o que poderá levar a alterações ou mesmo à rejeição, deixando o seu futuro incerto.

Desde que foi proposto pela primeira vez, milhares de activistas dos direitos humanos e do clima responderam com protestos com sistemas de som em cidades de toda a Itália.

A resistência é apoiada por uma ampla coligação.

Mariana Cruz