Liliana Teixeira Lopes

O realizador José Vieira que se tem dedicado a filmar a emigração portuguesa que rumou a França vai ser homenageado com a exibição de vários filmes e um colóquio. O Vista Curta, que começa já na próxima semana, junta o cinema independente associado à região de Viseu e a produção de âmbito nacional que interpela a interioridade.

Segundo o Cine Clube de Viseu, que organiza o festival, para o período entre 29 de outubro e 2 de novembro, está preparado “um panorama à volta do cineasta português José Vieira, que estará presente”, sendo exibidos quatro filmes e realizado um colóquio com vários convidados.

Os filmes a exibir são “A Fotografia Rasgada” (2002), “O Pão que o Diabo Amassou” (2012), “Souvenirs d’un Futur Radieux” (2014) e “A Ilha dos Ausentes” (2016).

“A história da emigração clandestina portuguesa para França, nos anos 60/70, os ‘bidonvilles’ em França, o interior de Portugal de onde quase todos partiram (e também os que ficam), são os assuntos de eleição do cinema de José Vieira”, refere o Cine Clube de Viseu.

E adianta que nascido em Oliveira de Frades, José Vieira partiu para França em 1965, com sete anos de idade. Vinte anos depois, “impulsionado pelas transformações políticas em Portugal e pela pertença a movimentos de solidariedade com os imigrantes, realiza cerca de 30 documentários para a France 2, France 3, Cinquième e Arte, traçando o retrato da imigração em França com base na sua experiência pessoal e nas histórias individuais que foi conhecendo”.

Na edição de 2018 do Vista Curta, João Vladimiro conquistou o prémio da competição nacional com “Anteu”, um filme rodado na aldeia de Covas do Monte, no concelho de São Pedro do Sul.

Da produção local, são vários os filmes e os realizadores que passaram pelo Cine Clube de Viseu. “Sheila”, de Gonçalo Loureiro, natural de Viseu, foi o filme vencedor em 2018.

https://vistacurta.pt

Fonte: Lusa